quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Google lidera ranking de energia limpa



A 5ª edição do Cool IT Leaderboard classificou as 21 maiores empresas do setor de acordo com seu potencial de liderança sobre energia limpa.

O balão do Greenpeace A.E. Bates sobrevoou a cidade de Cincinnati, nos EUA, no último dia 2 de fevereiro com a mensagem "Mais limpa é mais barata", em referência às energias renováveis. (© David Sorcher / Greenpeace)

O gigante da buscas da internet Google assumiu a liderança entre as maiores empresas de TI (Tecnologia da Informação) do mundo na busca de soluções para as questões climáticas, segundo ranking divulgado nesta quarta-feira pelo Greenpeace.

A 5ª edição do Cool IT Leaderboard classificou as 21 maiores empresas do setor de acordo com seu potencial de liderança sobre energia limpa, a vontade de adotar soluções renováveis e seu potencial para influenciar as decisões sobre energia. O Google chegou ao topo por seu apoio em reforçar a política de energia limpa dos Estados Unidos e fortalecer os objetivos da União Europeia de cortar 30% dos gases estufa para 2020.

“Os gigantes da tecnologia tem uma real oportunidade de influenciar a maneira de se produzir e utilizar energia”, disse Gary Cook, analista internacional do Greenpeace. “O setor de TI gosta de se considerar visionário mas se mantém muito inerte enquanto a indústria de energia ‘suja’ continua exercendo influência indevida no processo político e nos mercados financeiros.”

Google, Cisco e Dell se destacaram por utilizarem mais de 20% de energias renováveis nas infraestruturas de suas empresas ao redor do mundo. Já a Oracle recebeu a menor classificação geral por não divulgar o uso de energias renováveis e nem sujas.


O Cool IT Ranking avalia os esforços das maiores empresas de TI para gerar soluções climáticas reduzindo as emissões de suas linhas de produção, e também o apoio a políticas climáticas.
Apple e Facebook, duas das marcas mais influentes do setor, não foram incluídas no ranking deste ano. A Apple ficou de fora porque seus esforços não são compatíveis com os critérios do ranking. Ao contrário de seus concorrentes, ela não demonstrou liderança para buscar soluções energéticas limpas, apesar dos lucros recordes.

O Facebook não foi incluído nessa tabela por motivos parecidos, mas alterou recentemente suas políticas e se comprometeu em utilizar energia renovável, além disso anunciou uma parceria com a Opower, disponibilizando a plataforma do Facebook para auxiliar os usuários a comparar seus gastos energéticos. Com isso, o Facebook passará a fazer parte do ranking do próximo ano.

Seis empresas de telecomunicações foram incluídas desde a última versão, juntamente com as maiores marcas de software e equipamento de TI da Índia e do Japão.

“A indústria de tecnologia precisa usar sua influência, seu espírito inovador e “know-how” tecnológico para superar as empresas de energia suja que estão segurando o status quo, e mantendo-nos de volta de uma transição para uma economia renovável”, disse Cook. “O que estamos vendo são conversas de empresas sobre utilizar energias limpas, mas até agora, nada de ação”, completa Cook.


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