domingo, 17 de junho de 2012

17 de junho - Dia mundial de combate à desertificação e à seca




Como o próprio nome diz, a desertificação é um processo de degradação do solo, da vegetação e dos recursos hídricos, que pode fazer com que a área atingida se torne um deserto. Geralmente, o fenômeno é causado por variações climáticas e pela ação do homem. Para tentar conter essa ameaça, em 1993 teve início a Convenção Internacional de Combate à Desertificação, que terminou no dia 17 de junho de 1994, data que se transformou no Dia Mundial de Luta contra a Desertificação. A Convenção foi assinada por mais de cem países, incluindo o Brasil, e suas resoluções entraram em vigor em 1996.

A desertificação é definida como processo de destruição do potencial produtivo da terra nas regiões de clima árido, semiárido e sub-úmido seco. O problema vem sendo detectado desde os anos 30, nos Estados Unidos, quando intensos processos de destruição da vegetação e solos ocorreram no Meio Oeste americano.

A desertificação ameaça entre 30% a 40% das terras férteis do mundo, além disso, mais de um bilhão de pessoas vivem nestas regiões, das quais dois terços estão localizados na Ásia e na África. No Brasil existem quatro áreas, que são chamadas núcleos de desertificação, onde é intensa a degradação. Elas somam 18,7 mil km² e se localizam nos municípios de Gilbués, no Piauí; Seridó, no Rio Grande do Norte; Irauçuba, no Ceará e Cabrobó, em Pernambuco.

Para combater estes efeitos foi criado o Programa de Ação Nacional de combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAN), sob coordenação da Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente. O programa envolve poderes públicos e a sociedade civil para definir diretrizes e ações para combater e prevenir a desertificação no país.

Em julho de 2008 foi criada a Comissão Nacional de Combate à Desertificação, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, com a função de estabelecer estratégias de combate à desertificação e mitigar os efeitos da seca, bem como implementar os compromissos assumidos pelo Brasil na Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, promulgada pelo Decreto nº 2.741, de 20 de agosto de 1998. A Comissão é de caráter interministerial e conta com membros do Ministério da Integração Nacional, do Ministério do Planejamento, Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Educação e Ministério das Cidades.

Estudos do PAE/Ceará

Estudos do Programa de Ação Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca-PAE-CE, apontam que a desertificação no semiárido nordestino vem comprometendo uma área de mais de 180.000 km², e resulta em impactos difusos e concentrados sobre o território e acabam refletindo, além da dimensão ambiental, na social e na econômica, como a diminuição da biodiversidade, da fertilidade do solo, da perda da capacidade produtiva dos grupos familiares, gerando maiores movimentos migratórios, dentre outros.

Relatório do Ministério do Meio Ambiente (MMA) aponta que as perdas econômicas geradas pela desertificação, chegam a cerca de 800 milhões de dólares por ano, e os custos com a recuperação das áreas podem alcançar os dois bilhões de dólares em 20 anos. A maior parte da região semiárida do Nordeste se transformará em área árida até o final do século 21 em consequência do aquecimento global, diz o MMA, baseado em dados do IPCC.

O Estado/CE


Fonte: http://dfrural.wordpress.com/2011/06/16/17-de-junho-dia-mundial-de-combate-a-desertificacao-e-a-seca/

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